Imprimir

O Teatro

 

Apresentação

Após obras de remodelação da fachada e do seu interior, o Teatro Virgínia foi reinaugurado em Outubro de 2005, passando a dispor de um conjunto de meios técnicos e condições acústicas que lhe permitem receber com maior qualidade uma variedade de espetáculos.

O Teatro Virgínia é hoje uma referência no meio artístico apresentando uma programação muito variada e regular nas áreas do Teatro, da Dança, da Música e do Cinema. Tem-se afirmado como pólo dinamizador da vida cultural da cidade e da zona centro do país. A sua situação geográfica no centro do país coloca-o em local privilegiado para fomentar o contacto destas populações com uma programação que se pretende de qualidade artística.

Missão:

O Teatro Virgínia, ao serviço do público, pretende através de uma programação regular e diversificada, centrada na qualidade e na contemporaneidade das propostas, dinamizar o seu espaço, de modo a que este se torne palco de conhecimento e de atualidade artística, impulsionando o encontro entre as artes do espetáculo e as comunidades.

Objetivos da programação:

    • Promover a relação entre Comunidade/Teatro, Teatro/Comunidade: o Teatro ao (re) encontro de gerações e de públicos heterogéneos;
    • Aproximar a cidade e a região a outras cidades e culturas;
    • Desenvolver ações pedagógicas de sensibilização e formação;
    • Fomentar a criação artística;
    • Envolver agentes locais, culturais ou outros;
    • Integrar Torres Novas nas redes nacionais e internacionais de circulação de espetáculos, através de colaboração, intercâmbio e co-produção;
    • Fomentar o desenvolvimento e funcionamento articulado das Redes Nacionais;
    • Programar, com regularidade, espetáculos de diferentes áreas artísticas de reconhecido valor profissional, técnico e artístico;
    • Firmar Públicos;
    • Promover espaços de descoberta e discussão sobre a atualidade artística.

O Teatro Virgínia é um equipamento da Câmara Municipal de Torres Novas.

História

Torres Novas tem uma longa tradição teatral e cinematográfica. Apresentamos uma síntese dos factos históricos mais relevantes que contribuem para uma melhor contextualização do Teatro Virgínia e o seu respectivo papel ao longo dos tempos.

As origens do Teatro em Torres Novas

Em 1840, é criada a Sociedade União Dramática, presidida por António César de Vasconcelos Correia, Visconde do Carril (1855) e, mais tarde (1862), Conde de Torres Novas, que inicia a promoção de espetáculos de fantoches, uma herança das invasões napoleónicas de 1810 (fruto do tédio sentido pelos militares de Napoleão).

Entre 1843 e 1845 esta sociedade levou ao palco: “Os Templários”, “O Cigano”, “O Judeu”, “A Duquesa de La Vauballiere ” e “Estela”, cujos respectivos autores se ignoram.

Em 1848, é aberto ao público o Teatro União com a peça: “O Crime ou Vinte Anos de Remorsos”.

Por meados de 1866, a Sociedade União Dramática é dissolvida e dá origem, pelas mãos do Montepio dos Artífices, ao Teatro Torrejano inaugurado a 29 de Abril de 1877.

Em 1895, passa a ser denominado Teatro Virgínia em homenagem à gloriosa atriz conterrânea Virgínia Dias da Silva (1850-1922).

Datam do início do século XX as primeiras sessões do Animatógrafo instalado na Barraca da Praça e depois no Royal Salão Cinematographo. Em 1913, é inaugurado o Animatógrafo do Teatro Virgínia que passa a designar-se Cine-Teatro Virgínia . Com o advento do cinema sonoro o Virgínia adapta-se ao avanço tecnológico, eletrifica-se a sala e procede-se à montagem de projetores sonoros.

O Teatro Virgínia

Localizado ao lado do mercado do peixe, o antigo Virgínia deixaria de reunir todas as condições necessárias dado o seu mau estado de conservação e consequente parecer da Inspeção-Geral dos Espetáculos. O Montepio procederia, então, à construção de um outro edifício correspondente ao do atual Teatro.

Em 27 de Outubro de 1956, é inaugurado o novo Virgínia , projeto do arquiteto Fernando Schiapa de Campos, com a peça “As Meninas da Fonte da Bica”, original de Ramada Curto, pela Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.

De entre os muitos atores e artistas que pisaram o palco do Virgínia podemos destacar: Amélia Rey Colaço, Alves da Cunha, Palmira Bastos, Maria Matos, Raul Solnado, José Viana, Eunice Muñoz, Artur Semedo e Camilo de Oliveira.

Por aqui passaram também muitas das obras-primas do cinema mundial com grande adesão por parte do público proveniente de toda a região. Em épocas de grande sucesso chegaram a realizar-se duas sessões por dia no Virgínia , uma das salas de maior lotação do país.

Com o fim da atividade cinematográfica e de outros espetáculos, o Virgínia entra numa fase de inacção.

O Virgínia nos dias de hoje

A 19 de Junho de 2001 é assinada a escritura pela qual é feita a aquisição do Virgínia pelo Município. Iniciam-se, mais tarde, obras de remodelação na fachada e no seu interior segundo projeto do arquiteto Gonçalo Louro.

O Teatro Virgínia passa a dispor de um conjunto de meios técnicos e condições acústicas que lhe permitem receber com maior qualidade uma variedade de espetáculos.

A capacidade do Teatro foi reduzida para 600 lugares, distribuídos pela plateia, plateia alta, camarotes e balcão, dispondo ainda de 3 lugares próprios e facilidades de acesso para espectadores com mobilidade reduzida.

Foi introduzido um novo espaço, o Café Concerto, no segundo piso, local preparado para também receber iniciativas e espetáculos de menor dimensão.

Dia 13 de Outubro de 2005, o Teatro Virgínia inaugurou com o espetáculo de teatro/ópera “Os Encantos de Medeia”, uma coprodução do Teatro de Marionetas do Porto e do Teatro Nacional S. João, iniciando-se uma programação artística regular de Teatro, Música, Dança e Cinema.

DM

Daniel Maia

  • Male