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FAKE // Inês Barahona e Miguel Fragata / Formiga Atómica

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«Fake» gravita em torno da figura de Norma B.: uma famosa escritora de romances policiais. Na sua bibliografia, encontra-se um título curioso: «Como Assassinar O Seu Marido», a história de uma mulher que, como o próprio nome indica, não termina sem que o seu marido seja assassinado. É esse título que lhe traz notoriedade, pela circunstância de, alguns anos depois, Norma ser detida, acusada pela misteriosa morte do seu próprio marido - um famoso professor de culinária. Mesmo antes de poder pronunciar-se, Norma é julgada publicamente. A sua obra é a prova irrefutável da sua culpa. Os textos escritos por si para dar voz às suas personagens, às suas criaturas, são imputados à criadora. Os seus movimentos mudos, escrutinados em todas as redes sociais. Um súbito close-up sobre a forma
como transporta um saco de lixo parece dizer tudo, segundo os seus vizinhos. Para a imprensa mundial, a autora de um título tão sugestivo, só pode ter as piores das intenções. A verdade parece evidente, não?
«Fake» explora as tensões entre a verdade e a mentira, informação e desinformação, crenças individuais, coletivas e a nossa propensão para acreditar nos preconceitos que carregamos. Em «Fake», o Teatro dialoga com o Cinema, numa tentativa de destrinçar a verdade da mentira. A câmara faz o papel de um polígrafo implacável, procurando distinguir um bom ator de um mau mentiroso, num derradeiro close-up.

 

Encenação Miguel Fragata
Texto Inês Barahona e Miguel Fragata
Com Anabela Almeida, Carla Galvão, Duarte Guimarães, João Nunes Monteiro e Beatriz Batarda ou Sandra Faleiro
Interpretação vídeo Beatriz Batarda, Cirila Bossuet, Isabel Abreu, Madalena Almeida, Márcia Breia, Sandra Faleiro, Sílvia Filipe e Teresa Madruga
Vídeo Tiago Guedes (realização), João Gambino (direção técnica), Bernardo Santos e Francisco Romão (operação)
Cenografia Henrique Ralheta
Figurinos José António Tenente
Desenho de luz Rui Monteiro
Música Hélder Gonçalves
Som Nelson Carvalho (desenho) e Tiago Ferreira (operação)
Direção técnica Cláudia Rodrigues
Construção da cenografia Thomas Kahrel
Design Mariana Rosa (notícias) e Rita Vieira (marcas)
Produção Clara Antunes e Luna Rebelo / Formiga Atómica
Coprodução TNDMII, TNSJ, Cine-Teatro Louletano, Formiga Atómica
Apoio financeiro Câmara Municipal de Lisboa
Apoio à residência artística Centro Cultural de Belém, Polo Cultural das Gaivotas | Boavista, Companhia Olga Roriz
Apoio ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação
Agradecimentos Eric da Costa, Freepik.com, Hospital de Bonecas, José Maria Senart, Manuel Silva, Nome Próprio, Nuno Madeira, Silvestre Borges
A Formiga Atómica é uma estrutura financiada por: República Portuguesa – Cultura/Direção-Geral das Artes

  • Data
    23 abril . sexta . 19h00
  • Duração
    105 min
  • Público alvo
    M/16 anos
  • Preço
    10 €
  • Observações
    descontos aplicáveis
Tagged under: Teatro Lab Criativo
CP

Cláudia Plácido